domingo, 27 de novembro de 2016

depois da chuva, o jantar

para os amantes de chuvas tropicais,

era Outubro, era Moçambique, era tempo de chuva
era um hotel de reconstrução da China







abriu as cortinas e deitada sobre a cama deixou-se levar pela saudade do pôr-do-sol,
pela janela aberta o vento chegou até ao corpo, abeirou-se no olhar levantado do computador




levantou-lhe o queixo com a mão esquerda... o vento soprava forte, o vento levou-a até à janela... os trovões aumentavam, os raios aproximavam-se, o estrondo aumentava,

lembrou-se de casa...

... alegrou-se num sorriso, por ter de volta a sua chuva tropical num quarto cheio de impormenores de construção e decoração,


abriu a janela, sentiu as gotas de chuva e o vento no cabelo solto. os trovões ribombaram no coração, fechou a janela,

a rua enchia-se de água, virava rio,
a barriga enchia-se de fome, virava barco,
a cabeça lembrava-se das bolachas e das maçãs na mala...

voltou à cama, comeu o que estava na mala,

a chuva passou... a noite era fresca à hora do jantar


Sem comentários:

Enviar um comentário