terça-feira, 6 de dezembro de 2016

os homens da minha rua

para os homens das ruas do mundo,

os homens da minha rua sentam-se no vão das escadas, trocam palavras por café touba entre o fumo de cigarros espaçados,


os homens da minha rua vestem-se a rigor, palmeiam ruas a pé ou de carroça, vendem produtos ou recolhem o que já não cabe em casa,

os homens da minha rua marcam as horas da oração e enchem as ruas à sexta-feira,

conduzem táxi e oram no inesperado da rua,

guardam casas e gerem lojas,



vendem frutas e espetadas

os homens da minha rua cumprem o ritual da attaya no calor do tempo: três copos do amargo doce